Caio, o Wolnei Caio, meia-direita que defendeu o Grêmio, a Portuguesa, o Cruzeiro e outros times nos anos 90 e 2000, pendurou as chuteiras em setembro de 2007 e tornou-se treinador do Esportivo de Bento Gonçalves (RS). Ele era jogador da mesma equipe, quando foi convidado pela diretoria. Caio encerrou a carreira de atleta aos 39 anos.
Nascido no dia 10 de agosto de 1969, em Roca Sales (RS), Caio começou a carreira nas categorias de base do Grêmio. Com 20 anos, ele esteve no Juventus da Mooca, emprestado. No ano seguinte, o meia-direita teve a grande chance no time principal gremista e aproveitou. Em sua primeira partida pelo Campeonato Brasileiro de 90, Caio foi autor dos três gols gremistas na vitória sobre o Corinthians, no Olímpico, por 3 a 0.
Permaneceu no Tricolor gaúcho até 1993. Nesse período, conquistou os estaduais de 1990 e 1993. No ano seguinte, ele se transferiu para a Portuguesa de Desportos. Em 1995, ele atuou por empréstimo no Kashiwa Reysol, do Japão. No ano seguinte, retornou ao Canindé e ajudou a Lusa a ser vice-campeã brasileira. Caio viu sua equipe perder na final justamente para o Grêmio, clube que o revelou.
Após boa passagem pela Portuguesa, Caio foi defender o Cruzeiro. E o meia não decepcionou na Toca da Raposa. Ele fez parte do elenco celeste campeão da Libertadores de 1997, vice-campeão brasileiro e da Copa do Brasil de 1998 e bicampeão mineiro de 1997 e 1998.
Em 1999, ele foi para o Botafogo. Depois defendeu o Figueirense e o Juventude, antes de defender o Esportivo de Bento Gonçalves, seu último clube.
Em 1999, ele foi para o Botafogo. Depois defendeu o Figueirense e o Juventude, antes de defender o Esportivo de Bento Gonçalves, seu último clube.
Créditos: Rogério Micheletti
Créditos: Mercado Livre |
Créditos: www.historiadomariliaatleticoclube.blogspot.com.br |
Lembra Dele? 'Vovô' Caio troca assistências pela gerência da Lusa
Jogador campeão da Libertadores com Grêmio e
história na Portuguesa agora corre nos bastidores do clube rubro-verde
Caio Júnior virou técnico, Caio Ribeiro agora é comentarista, e Wolnei Caio ganhou um "sobrenome" ao abandonar os gramados: o de gerente de futebol da Portuguesa. Meia campeão da Libertadores com o Cruzeiro (1997) e vice brasileiro com a Lusa (1996), não parou de dar assistências. Atualmente, sua missão é confinada nos bastidores, longe do estrelato, administrando 50 pessoas do elenco profissional.
O gaúcho de Roca Sales passa despercebido até mesmo para quem convive no cotidiano do time do Canindé – ocupa o cargo na Lusa há um ano e meio. Aos 43 anos, contabiliza 14 clubes na carreira. Atuava no meio-campo. Era chamado de Vovô Caio por não querer parar com a bola.
Além da Lusa, Cruzeiro e Grêmio, rodou por Botafogo-RJ, Figueirense, Juventude e Kashiwa Reysol (Japão). Não programou o fim da carreira. Aos 39 anos, parou em 2008 e não teve dúvidas sobre seu destino.
- Para ser treinador, precisaria ser auxiliar, e também acho que não tenho este perfil. Terminei a carreira no clube em que iniciei minha história (Esportivo de Bento Gonçalves). Gostava demais de lá e queria ajudar. Passei a organizar tudo, desde uniformes, viagens, alimentação, contratos, tudo. Esta foi minha escola como gerente - afirmou Caio.
Sem tempo para estudar devido às viagens, aprendeu os atalhos do cargo entrando em contato com amigos e funcionários de outros clubes. Assim como fazia em campo, diz ter ganho experiência “na raça”.
- Minha missão é dar suporte a todo o time da Portuguesa. Sou o elo da diretoria com a comissão e jogadores. São detalhes para que eles possam executar o futebol com tranquilidade. Cada detalhe num contrato, uma inscrição de um atleta ou um simples controle de material para treinos toma meu dia. Não posso deixar escapar nada - contou.
Ele já se considera um campeão em pouco tempo à frente do cargo na Lusa. O time conquistou o acesso e o título da Série B do Campeonato Brasileiro de 2011. E Caio?
- Como um jogador, dando assistência (risos). Os jogadores e o treinador aparecem mais. Neste trabalho de suporte, é muito serviço no qual muita gente que não conhece considera irrelevante. Mas dei um beijo, sim, na medalha – lembrou.
Carreira vitoriosa
Caio prefere o anonimato. Vive correndo entre a sede e o CT do Parque Ecológico do Tietê, sempre resolvendo situações pertinentes a jogadores e treinador. Econômico nas palavras, se considera o mesmo: um operário da bola.
- Continuo concentrando com o elenco. Isso não muda. Minha vida é futebol. Se você quer vencer, precisa pagar este preço. Senão vai trabalhar num escritório. Este cargo de confiança eu respondo com muita vontade e caráter. Foi assim que marquei minha carreira como jogador, e assim quero seguir aqui na Portuguesa - afirmou.
Créditos: www.globoesporte.globo.com
Por Anderson Rodrigues